quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

No site do Carmela Dutra

Encontrando citações ao nome do vovô:

... A banda da ENCD atuou durante muitos anos constituída por um grupo de alunos que se renovam no decorrer dos anos letivos. Fazia muito sucesso e levava o nome de Banda Frederico Trotta em homenagem ao deputado estadual do MDB. Frederico Trotta era professor, advogado, governou dois territórios federais w publicou vinte livros sobre poesia, contos, Educação, História, Direito e Política: devotado à Educação são de sua autoria inúmeras leis, entre as quais as que criaram as escolas normais Júlia Kubitschek, Azevedo Amaral e Heitor Lira, e a lei que oficializou o Dia do Mestre. Há alguns anos, a banda permanece desativada....

Matéria completa no link:
http://www.carmeladutra.com.br/historico/historico.htm

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Foto

Frederico Trotta

O reconhecimento da cidade de Campo Grande

Mais uma enviada pela Bisneta. Obrigada!
Lei número 1.627, de 14 de junho de 1968, projeto do deputado Frederico Trotta.
O governo do estado da Guanabara, faço saber, que a assembléia legislativa do estado da Guanabara aprovou o projeto de lei número:181 de 1967 e eu promulgo, de acordo com o artigo 26, 3°, da constituição do estado, a seguinte lei:

Art. 1° - É reconhecida como "Cidade" a localidade de Campo Grande, passando a denominar-se Cidade de Campo Grande.

Art. 2° - Esta Lei entrará em vigor, na data de sua publicação, revoga-das as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 14 de Junho de 1968 - 80° da república e 9° do estado da Guanabara. Francisco Negrão de Lima, Álvaro Americano, Arnaldo Salgado Mascarenhas, Gonzaga da Gama Filho, Al-themar Dutra de Castilho, Humberto Braga, Cotrin Neto, Raymundo de Pau-la Soares, Hildebrando Monteiro Marinho, Luiz de França Oliveira, Augusto do amaral Peixoto, Dirceu de Oliveira e Silva, Victor de Oliveira Pinheiro e Lecy Neves.

História

Outra matéria encontrada pela Bisneta.

Frederico Trotta

Carioca, oficial e advogado, foi nomeado governador pelo presidente da Republica Eurico Gaspar Dutra, por influencia de Aluízio Pinheiro Ferreira, agora deputado federal.

Seu governo voltou-se para a reestruturação da rede de ensino e de saúde publica, muda a designação da Colônia Agrícola do Iata para Consignação da Colônia Agrícola Presidente Dutra e cria a Escola Normal Carmela Dutra.

Seu período de governo foi de 31 de Outubro 1947 a 09 de abril. Reformando com a patente de general de Divisão, ingressa na carreira política e exerce mandato de deputado federal, eleito pelo Rio de Janeiro.

Fonte: Francisco Matias - Historiador e Analista Político Porto Velho - autor livro Síntese da Formação Histórica do Estado de Rondônia - 2005.
Link para a matéria original:
http://www.gentedeopiniao.com.br/ler_noticias.php?codigo=16539

Antecedentes

Matéria enviada pela Bisneta.
A 22 de abril de 1891, o Intendente Municipal Alfredo Piragibe apresentou um requerimento ao Presidente do Conselho Municipal pedindo que se remetessem as peças do Senado da Câmara e da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para constituirem o Museu Municipal.
Posteriormente, com base no Decreto n° 1641, de 13 de outubro de 1914, que em seu Art. 19 determinava "Conservar em boa guarda, devidamente catalogadas as peças de numismática, livros raros e objetos de grande valia para o estudo da História da Cidade", o Prefeito Antônio Prado Júnior, pelo Decreto n° 3201, de 16 de janeiro de 1930, determinou que se providenciasse "Sobre a melhor conservação de objetos que interessam à História da Cidade do Rio de Janeiro" e deliberou que todos os objetos existentes em outras Diretorias seriam recolhidos pela Diretoria de Estatística e Arquivo, com funcionários designados para conservarem e catalogarem o acervo histórico da Cidade.

A criação do Museu Coube ao Prefeito Pedro Ernesto, pelo Art. 29 do Decreto n° 4989, de 11 de julho de 1934, a criação do Museu:
"A essa Diretoria [de Estatística e Arquivo] competem todos os serviços atribuídos às ditas Diretorias, por leis, decretos e regulamentos, e mais a manutenção do Museu Histórico da Cidade, criado pelo presente Decreto."
Complementarmente, em 1935, o Vereador Frederico Trotta, pelo Projeto n° 88, propôs autorizar "a instalação e organização do Museu Histórico da Cidade", projeto que foi vetado pelo Prefeito Olympio de Mello.
A 10 de outubro de 1940, foi novamente organizado o Museu Histórico da Cidade, instalado no 2° andar do Palácio da Prefeitura do Distrito Federal, ali tendo permanecido até 3 de maio de 1941.

Frederico e Laudímia no casamento da neta

Laudímia, Borba, Ana Maria e Frederico.

Avô no casamento da neta mais velha (Ana Maria) do filho mais novo (Diofrildo).

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Estado de S.Paulo de 23/10/2010

Na era do batuque de palanque
O samba não manda mais na política. Sua importância foi suplantada pelos
pastores-cantores
23 de outubro de 2010 | 0h 00
Nei Lopes & Samba - O Estado de S.Paulo
Por incrível que pareça, o samba e os sambistas já tiveram importância na
política brasileira. Principalmente porque, durante a Era Vargas, o samba
foi peça fundamental no projeto de governo.


Nessa conjuntura, quando, na cidade do Rio de Janeiro, o Poder Federal e o
Municipal se confundiam, uma figura de proa foi Pedro Ernesto, interventor
federal que, depois, se tornou o primeiro prefeito eleito pelo voto popular
carioca.

Segundo Isabel Lustosa, em artigo no Jornal do Brasil em 1992, "num tempo em
que os políticos muitas vezes nem conheciam as localidades pelas quais se
elegiam", Pedro Ernesto foi buscar seus votos, com realizações
significativas, nos redutos mais distantes, entre eles os das escolas de
samba. Assim, em 1935, no seu primeiro desfile oficial, as escolas
disputavam o Troféu Pedro Ernesto.

No ano anterior tinha sido fundada a União (depois União Geral) das Escolas
de Samba, com a finalidade de ajudar a organizar os desfiles. A ligação
dessa entidade com o Partido Comunista era tão forte, tão forte que sua
sigla, Uges, acabou sendo traduzida pelos adversários como sendo "União
Geral das Escolas Soviéticas."

Em 1946, fora do carnaval, a Uges produzia um desfile em homenagem a Luiz
Carlos Prestes, com a participação de 22 escolas e sambas alusivos à saga do
Cavaleiro da Esperança. Entretanto, para frear o ímpeto, logo era fundada,
sob a influência do político Frederico Trotta, e tendo como secretário-geral
o jornalista Oyama Brandão, ferrenho anticomunista, segundo Sérgio Cabral
(As Escolas de Samba, 1996), a Federação Brasileira das Escolas de Samba.

O coronel Trotta foi o segundo governador do território federal do Iguaçu,
no atual Paraná, nomeado pelo presidente Dutra. Mas seu maior interesse era
o poder que emanava do Distrito Federal. Assim, às vésperas das eleições de
1950, um panfleto conclamava: "Companheiros das escolas de samba! Gente do
morro e da planície! (...) Unamo-nos, pois, em torno do nome do nosso grande
amigo de sempre e de longos anos Cel. Frederico Trotta, façamos força para
elegê-lo novamente, a fim de termos um defensor de nossos interesses na
altura da nossa querida metrópole. Às urnas! Em 3 de outubro de 1950, com a
cédula que representa a nossa gratidão, para vereador FREDERICO TROTTA".

No documento, transcrito no livro Império Serrano, Primeiro Decênio, de
Francisco de Vasconcellos (Rio de Janeiro, edição do autor, 1991), após a
data de 2 de agosto, seguem-se dez assinaturas de pessoas referidas no texto
como "velhos sambistas", mas nenhuma delas assim reconhecida.

Esse ano de 1950 foi essencialmente político. Assim, no início de janeiro,
era criada a União Cívica das Escolas de Samba, que recebeu logo a adesão de
poderosas forças do meio e o suporte jornalístico do Diário Trabalhista. E a
nova entidade, sem perda de tempo, aclamou como seus sócios honorários o
marechal Dutra e o prefeito Mendes de Moraes.

Mas a Federação, apoiada pelo jornal A Manhã, reivindicou seu direito de
controlar o concurso oficial das escolas. E a prefeitura, para contentá-la e
à União Cívica, instituiu dois desfiles, em dois trechos diferentes da
avenida. Enquanto isso, correndo por fora, a Uges realizou o seu na Praça
Onze.

Essa divisão só teve fim, em parte, em 1953, com a unificação dos desfiles,
que se seguiu à criação no ano anterior, da Confederação das Escolas de
Samba, herdeira da União Cívica. A partir daí, consolidou-se a hegemonia
histórica das "quatro grandes", Portela, Mangueira, Império e Salgueiro. E a
política foi tomando outros caminhos, como o dos enredos da ascensão da
Beija-Flor, tendo como tema as realizações da Ditadura de 64.

No momento atual, o samba (a não ser na trajetória isolada de sambistas como
a combativa Leci Brandão, recém-eleita deputada em São Paulo) não manda mais
nada na política, nem para o bem nem para o mal. Sua importância foi
suplantada pela dos pastores-cantores evangélicos, que hoje decidem, e
muito, na cena política brasileira.


NEI LOPES É ESCRITOR E PESQUISADOR, AUTOR DE LIVROS COMO O NEGRO NO RIO DE
JANEIRO E SUA TRADIÇÃO MUSICA